SOBRE O LIVRO
Se você costuma ter náuseas devido a ondulações, leve isto em consideração. E leve um Dramin. Será preciso coragem para partir (ou para ficar?). Mas aproveite cada repuxo, maresia, salinidade, o olhar na perspectiva do cais e do mar e da calma e do caos, e aproveite um céu de gris e ébano para provocar os seus seres míticos marinhos mais íntimos — que certamente vão singrar a sua leitura. Por que deixei para escrever este texto em junho? Talvez porque praias, paixões fevereiras não dizem o que junhos de fumaça e frio, segundo o poema-canção. Ou será porque, sendo inverno, pode-se transformar lava em letras, já que o poeta constrói “versos como o vulcão expele magma. As rochas frias e duras, como os poemas em livros, ficam apenas como registro da vivência poética. A poesia está antes — no fazer”. Ainda posso supor outras razões como o aniversário da cidade-água no dia 15 de junho. Fato é que, como em Magru, a adrenalina consome meus porquês.
Eliss de Castro | Escritora
SOBRE O AUTOR
Magru Floriano nasceu em Itajaí, no litoral de Santa Catarina. É jornalista e professor universitário aposentado, artista plástico e escritor. Além da produção em não ficção na área da memória, do jornalismo e da literatura, é autor dos livros de poemas “Cotidianas” (1999), “Fogofátuo” (2001), “Pia-máter” (2008), “O grito universal” (2007) e “Resistência” (2022).