POESIA

rosa dos ventos e outros poemas

rosa dos ventos

 

meu coração

aponta

em tua direção.

 

 

devir

 

é preciso

abandonar a si mesmo

 

caminhar para a frente

sem olhar para trás

vislumbrar e mover-se

em direção ao esplendor do sol

que ilumina e desnuda a sua sombra

 

é preciso 

abandonar a si mesmo

e saborear o tempo…

 

despojar-se

das vaidades e das mesquinharias

é preciso 

abandonar a si mesmo

e entregar-se

à sua grande obra:

o desafio do desconhecido, 

a experiência do seu próprio devir

 

é preciso

abandonar a si mesmo:

desfazer-se;

diluir-se.

sem olhar para trás.

 

 

o caos e a poesia

 

o

caos

que

nos

rodeia

poesia

que 

nos 

move

são

faces

da

mesma

moeda,

são

irmãos

antagonistas,

são

acordes

dissonantes

que

sustentam

a

harmonia.

equilíbrio

em

movimento;

colorido

cata-vento;

versos,

sons

e

encantamentos;

liberdade

ao 

pensamento.

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André Pinheiro

Poeta, jornalista, tarólogo e professor. Autor dos livros “Palavr’alada” (2021) e “Num copo de blues bebo poesia” (2019), publica também o fanzine “Mojo”. Tem participações nos eventos “Festival Literário de Itajaí – FLI”, “Festa Literária Júlia Nascimento – FliJun” (Laguna, SC) e “Pela Ilha Palavra Amplificada – PIPA” (Florianópolis, SC). Ministra oficinas de Criação Poética, Produção de Fanzine e Comunicação Não-Violenta (CNV).