Envelhecer Blues

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Descrição

Envelhecer Blues, de Luiz Cecilio

Gênero: Romance

Formato: 14 x 21 cm

Páginas: 134

SINOPSE

As vidas de Henrique e Douglas são linhas que correm paralelas. O primeiro, aposentado, caminhando para os setenta anos, mora em um apartamento na região do Arouche na capital paulista, dedicando seu tempo às artes plásticas, cinema e encontros com amigos que, como ele, são homens gays que estão envelhecendo e fazem do “Clube das Tias” um espaço de sociabilidade e solidariedade. Quase todos ali deixaram suas cidades originais fugindo da homofobia e são sobreviventes da epidemia da AIDS que provocou profundas mudanças na cena gay nos oitenta. Douglas é um rapaz de vinte cinco anos que mora com a mãe viúva no ABC paulista, estuda História na USP e faz bicos dando aulas de computação para pessoas mais velhas. Quando Douglas vai à casa de Henrique dar aulas por indicação de um amigo, o improvável acontece: as linhas paralelas se cruzam e eles vivem uma paixão que bagunça o cotidiano de Henrique e altera seus planos para uma velhice solitária. O autor encaminhará de modo surpreendente o conflito vivido por Henrique por causa da diferença de quarenta anos de idade entre eles.

 

SOBRE O AUTOR

Luiz Cecilio é médico sanitarista, foi docente e pesquisador da Universidade Estadual de Campinas e da Universidade Federal de São Paulo na área de Saúde Coletiva. É autor de O corpo recusado (Hucitec) e tem contos publicados em várias coletâneas. “Envelhecer Blues”, seu segundo romance, foi indicado para o Prêmio Caio Fernando de Abreu de 2020.

 

LEIA UM TRECHO

Henrique, desgarrado da família há décadas, vinha pensando estratégias de como cuidar de si no fim da vida sem um companheiro ao seu lado. Não tinha intenção nenhuma de retornar à cidade natal como algumas amigas do clube tinham feito — tiveram que fazer, não tiveram outra saída —, quando ficou impossível morarem sozinhas. A hipótese de voltar o assombrava. Consegui fazer uma poupança-cuidador, brincava com as amigas, tenho dinheiro para manter um por muitos anos sem precisar incomodar ninguém, alguém para me levar ao médico, fazer as compras da casa, limpar minha bunda quando eu não puder mais, preocupações que todas as amigas tinham, mas nunca conseguiam conversar como se prometiam desde a morte solitária de Arnaldo.