rosa dos ventos
meu coração
aponta
em tua direção.
devir
é preciso
abandonar a si mesmo
caminhar para a frente
sem olhar para trás
vislumbrar e mover-se
em direção ao esplendor do sol
que ilumina e desnuda a sua sombra
é preciso
abandonar a si mesmo
e saborear o tempo…
despojar-se
das vaidades e das mesquinharias
é preciso
abandonar a si mesmo
e entregar-se
à sua grande obra:
o desafio do desconhecido,
a experiência do seu próprio devir
é preciso
abandonar a si mesmo:
desfazer-se;
diluir-se.
sem olhar para trás.
o caos e a poesia
o
caos
que
nos
rodeia
e
a
poesia
que
nos
move
são
faces
da
mesma
moeda,
são
irmãos
antagonistas,
são
acordes
dissonantes
que
sustentam
a
harmonia.
equilíbrio
em
movimento;
colorido
cata-vento;
versos,
sons
e
encantamentos;
liberdade
ao
pensamento.